quarta-feira, 12 de novembro de 2008

O noticiário - poetrix

Publiquei, esta manhã, no jornal,
que eu te amava demais,
desculpe. (ponto final)

Edgar Martins

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

como se fazem os versos

Uma folha de papel,
Uma gota de sangue que escorre,
Um verso que nasce da dor

[assim como todos nós.

Edgar Martins

sábado, 25 de outubro de 2008

Estrelando: você



Hoje será minha estrela da noite,
a protagonista da minha vida.

Entretanto não quero que atue,
não quero que finja. Apenas seja
a mesma que sempre me fez feliz.
Edgar Martins

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Não precisas saber



Para Matheus Silva

Tu não precisas saber
o que o amanhã te reserva,
além da morte – coisa tão certa -
que um dia irá te receber.

Desvendar o futuro
baseando-se nos erros de outrora.
Coisa de quem não tem o que fazer,
já que a vida acontece no instante agora.

Pra que diabos precisamos tanto saber
o que virá amanhã ou depois?
A graça da vida é a surpresa, meu caro,
nada do que virá será como algo que já se foi.
Edgar Martins

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Eu (e) você




Eu e você, dois seres.
Ou quem sabe um só?
Semanticamente idênticos,
eternamente ligados por um nó.
Edgar Martins

sábado, 16 de agosto de 2008

Um Apelo


Em certas situações me calo
por teu próprio silêncio,
tão cheio de palavras não ditas,
e acabo por me perder nas emoções.

Por diversas vezes calei um sorriso,
um verso que dedicaria a você,
mas que acabou acorrentado em grilhões.

Não sei o que te passa à mente
quando venho, com flores,
acariciar teu coração ferido,
e me feres também com tal desdém.

Não é de tua intenção, eu sei...
Mas se me queres tão bem assim,
por que me ignoras quando
mostro-me abalado e sozinho?

É simpático o teu sorriso,
teu jeito de agir e de falar.
Por isso te peço, por favor,
não volta mais a me ignorar.
Edgar Martins

quarta-feira, 9 de julho de 2008

O jardineiro




Todo ano é assim:
chega a estação do amor,
na qual afloram-se as paixões.
Preparo os meus bulbos com cuidado
e planto as minhas palavras no papel.

É tudo muito bem feito, selecionado.
Toda noite, na minha estufa,
penso na vida e, com lágrimas,
rego os meus versos que, aos poucos,
vão tomando forma e rima.

No fim da temporada,
com meus versos
floridos e cheios de brilho,
chega a época da colheita, e
mais uma vez, nasce
um lindo poema.
Edgar Martins

domingo, 6 de julho de 2008

Ausência



Para Bruna Cook

Eu sinto falta.
Eu sinto, falta!

Falta teu sorriso,
que encantara diversas vezes
meus olhos letárgicos.

Sinto falta da tua presença,
tão viva e absoluta
que torna os seres estáticos.

Sinto falta sim, até do teu sarcasmo,
tão doce, e sutil às vezes,
que acaricia minhas alucinações.

Eu sinto, falta em mim a tua realidade,
teu senso emotivo não-sentimental,
eu sinto, falta.
Edgar Martins

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Poesia



Repleta de gritos se faz a poesia.
É o fruto da agonia oriunda
da luta incessante
Entre o louco e seus versos.
Edgar Martins

terça-feira, 1 de julho de 2008

Flashback



Estava eu no meu quarto
e alguém me soprou no ouvido:

"Por que és assim, sempre tão alegre?
Por acaso não choras, és insensível? "

De lá pra cá,
jamais fui o mesmo.
Edgar Martins

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Uma confissão




Me sinto só, ausente.
longe de minhas palavras
fico tão fraco, quem sabe demente.

Quero reaprender a escrever,
reaprender a lutar,
reascender meu manifesto.

Quero sentir que tudo está claro,
que o céu é azul e belo,
quero ver o mundo com meus olhos.

Sim, quero meu olhar de volta.
O perdi por aí, nas paixões da vida
nas quais não soube o que dizer.

Quero voltar a ser o que nunca fui,
voltar atrás um passo que jamais dei.
Quero que o mundo desabe e acorde,
quero que a alegria demore.

Sinto que o Sol voltou a nascer,
e que talvez eu volte a dormir
depois de tanto tempo sonhando
por alguma coisa que jamais vi.

Quero saber aproveitar um abraço,
confiar nos meus iguais,
quero olhar nos olhos de um amor
e respirar teu profundo olhar.

Quero simplesmente renascer
e, com toda a inocência,
reaprender a dizer:

eu te amo.
Edgar Martins

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Não!




Não! Não trave essa luta,
não derrame esse sangue.

Não sinta esse remorso,
não compre essa dor.

Isso! Venda essa guerra,
compre sementes de paz.

Não! Esqueça o orgulho,
larga essa teimosia,

volta pra casa, respira,
deixa de agonia.
Edgar Martins

quinta-feira, 22 de maio de 2008

O vazio




Estou cheio do vazio,
o vazio está sempre cheio!

Cheio de sonhos frustrados,
de cantos calados,
de beijos cessados.

O vazio é um imenso vaso
repleto de nada. Ou talvez

repleto de palavras nunca ditas,
de sonhos nunca vividos,
de coisas que nunca saberemos.
Edgar Martins

domingo, 11 de maio de 2008

Faltam-me palavras



Para Gabriela Rial

A vida nos tirou um tanto assim de alegria.
Queria poder te dar um pouco, nesse dia
em que tudo parece tão cinza, tão frio.

Mas a vida, meu bem, não nos é tão fiel.
Estou também desfalcado, agora em dobro,
já que não posso te dar a alegria que espera,
e nem demonstrar nossa tristeza em papel.

Perdoa as minhas palavras insossas,
elas são o tanto pouco que posso oferecer.
A intenção é boa, assim como o sentimento
mas parece que a vida não quer agradecer.

Queria que as estrelas brilhassem um pouco mais,
para que pudesse roubar um pouco de luz pra ti,
acabar com essa dor que sentes em vão,
por um pouco de paz em teu coração.
Edgar Martins

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Descansa...




Afaga o teu corpo no meu,
descansa a tua boca na minha,
deixa o teu sonho em minha mente,
deixa o teu seio em minhas mãos.
Edgar Martins

domingo, 27 de abril de 2008

Versos em sangue


Os versos são o sangue derramado durante a luta travada entre a palavra e o poeta.


Edgar Martins

Não defina

Quem define o sentimento é porque não o sente na verdade.

Edgar Martins

sábado, 26 de abril de 2008

Injustiça


Os pássaros amanheceram calados,
de luto – morreu a dignidade - e
somente o silêncio cantará esta manhã.

Os pássaros estão cansados,
decidiram que desta vez não
irão mais travar esta luta imoral e vã.

Seus cantos já não falam tão alto
quanto os gritos arrancados
nas guerras que ocorrem de fato.

Seus olhos não trazem mais sorrisos,
visto que não há mais motivos de alegria.
Todas as notas que solfejavam foram embora,
e só nos resta a dolorosa e cruel nostalgia.
Edgar Martins

Batalhas




Diante das últimas batalhas
Nas quais
Desmoronou-se o meu alicerce -
O poema que escrevi para te derrotar-,

Perdi os sentidos,
Procurei aonde pisar,
Mas no chão só havia cacos
De palavras que me fizeste calar.
Edgar Martins

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Escuridão

Em nome de alguém...


Um mar de dúvidas
me afoga,
me encharca a alma.

Uma multidão de sentimentos
desnorteia meu pensar,
consume minha mente
que segue em busca dos teus olhos.

A claridade me falta agora.
Uma mente, onde não há mais
a inocência de outrora,
só a luz do teu sorriso
poderá vir iluminar.
Edgar Martins

terça-feira, 22 de abril de 2008

Teu jeito algoz

Para Bruna Cook, eternamente.


Inquieto-me a ouvir teus sons,
culmino a minha dor
de sentir calada a minha voz.

Tu me amordaças de um jeito só teu,
fascinante, algoz.

Deito-me ao sol para encontrar
a cura do meu silêncio,
ininterrupto e fulminante.

Tu, com teu jeito sutil e cruel,
me fazes agonizar
num perpétuo semblante
de quem tem algo pra cuspir,

desarmado porém,
por tal jeito vicioso
que me resume ao esforço
de permitir-me render
ao som de tua voz.
Edgar Martins

domingo, 13 de abril de 2008

Especial Edgar e Rafael

Obs.: Bom, nessa postagem vocês irão ler um dueto improvisado, feito por mim e um grande amigo, Rafael Nessin. Grande abraço, cara!



Viva a bossa,
a maestria da música
felicidade a nossa,
de poder ouví-la.


Apesar da nossa
nossa vida avulsa
ser tão difícil
afoguemos-na em música
pra que a vida não seja tão sussa
e seja fácil de se viver.


Mas que sempre haja uma tristeza
sempre havendo uma felicidade pequena
Pra que a vida tenha motivos pra se chorar
Mas sempre seguidos de risos sem par.


E que essa tristeza
seja motivo de alegrias
Pois é de alegrias que se vive a vida
e é da vida que se fazem as poesias.
Edgar Martins e Rafael Nessin

sexta-feira, 21 de março de 2008

Louca poesia

Obs.: uma coisa bem louca mesmo...


Olhos verdes como o mar,
pele clara como a neve.
Tu me vens assim, sorrindo,
despindo minha alma,
revelando os obscuros segredos,
despertando loucos desejos
jamais vivenciados por um corpo são.


E se tu vens assim,
levando contigo o meu coração,
vem p'ra mim e me devolve,
cola no meu corpo e me beija,
faz meu rubro coração bater junto a ti.
Edgar Martins

segunda-feira, 17 de março de 2008

Dias de sufoco - refeito

Obs.: um poema antigo que refiz pra por aqui.


Até quando, por ti devo esperar?
às vezes estou noutro planeta
e tua imagem vem como um cometa.


Até onde, pode o amor chegar?
Tuas palavras quebram o silêncio
e também um coração solitário.


Por quanto tempo poderei suportar?
As palavras engasgadas me sufocam,
porém a covardia me prende à mudez.


Por quanto tempo irei lembrar?
Os momentos foram tão intensos
que se tornaram inesquecíveis dentro de mim.


Até quando a insônia me consumirá?
Minhas memórias são alastradoras
devoram minha alma


enquanto não paro de pensar em ti.
Edgar Martins

segunda-feira, 10 de março de 2008

Choros sangrentos - especial



Para Isabela Neves









Confesso-te que sangue não posso oferecer,
pois em minhas veias corre o teu.


Às noites em claro, chorando tuas palavras,
solfejo o teu sangue que derramaste em meu nome,


Ouço as gotas de chuva quebrando o silêncio
que fora uma vez perpetuado por tua ausência.


Te peço que continue chorando o teu sangue,
escrevendo as minhas veias, pulsando o meu coração,


Pois tu sabes que os versos que choro são em teu nome,
assim como tuas doces palavras pertencem a mim.
Edgar Martins

Reforma



Estou transitando
do incerto para o duvidoso,
do claro para o paradoxal,
refazendo meu pensar,
deixando este meu jeito boçal.


O renascer começou,
uma nova alma ascende
de uma imensidão de palavras
que pelo chão se estende.


A noite me ilumina,
traz novas formas
que brotam em mim.


Uma revolução se instala
em meu tórax fragilizado,
carregando consigo
o espírito fértil


que faz nascer em meu peito
as novas palavras
que constituirão o meu ser.
Edgar Martins

quinta-feira, 6 de março de 2008

Stopped

Sem escrever por alguns dias,
reforma conceitual.



Obrigado pela atenção.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Doçuras ou travessuras


Doçuras ou travessuras?
Batíamos nas portas,
corríamos ruas afora
buscando um riso frouxo.


Mas que doçura éramos nós,
inocentes crianças correndo,
sorrindo, eufóricos,
loucos por doces, diversão.


Como era bom, fascinante,
o doce nas mãos de uma criança,
tanto quanto é a paixão

no coração de um homem.
Edgar Martins

segunda-feira, 3 de março de 2008

Chuvas de Fevereiro


Ó, Lua, por que choras?
Tu, que hoje derramaste
tantas lágrimas infiéis,
arrasaste vidas honestas,
despedaçaste almas tão inermes.


Céus, mas por que tanta raiva?
O fogo nos teus olhos
é a lágrima nos olhos dos coitados
que, agora, desprovidos de abrigo,
choram, ao relento,
a agonizante dor da perda.


Mundo, por que és assim, tão injusto?
Sinto o bater aflito
dos diversos corações,
desnorteados, abandonados
pela esperança e fé.


Sob lágrimas de Fevereiro,
vidas são arrancadas
num clarão de um relâmpago,
tetos que desabam sobre
cabeças inocentes.


Céus, piedade de nós todos.
Fecha-te os olhos vermelhos,
impiedosos e desumanos,


mas talvez não tão desumanos,
tendo em vista que foi o próprio homem
quem cavou sua cova.
Edgar Martins

Meu velho amigo


Amigo, meu querido amigo.
Como prega peças essa vida.


Num dia estamos sorridentes,
no outro, estamos tristes.


Amigo, meu velho amigo.
Não chore se a vida não te foi fiel.
Logo a vida te retribuirá
e enviar-te-á um presente dos céus.


Meu querido e velho amigo,
Peço-te que acalme teu triste coração.
Se a vida lhe falhou, não chore,
não se desespere.


Apenas espere
por um momento de glória.
Edgar Martins

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Indigente


Sem teus olhos
sou apenas um cego
jogado no espaço,


vagando os céus,
sem caminho,
deixando-me esvair
às custas do vento.


Sem teu corpo
me reduzo ao vazio,
um mendigo em desespero,
um nada sem abrigo.


Sem teus carinhos,
perambulo às noites

à procura de um alicerce


que me sustente,
sacie meus desejos,
cure meus vícios,

cessando meu estado inerte.


Sem teu ser nada sou.
Eu não vejo, não respiro,
vegeto alucinado,
entre choros e suspiros,
implorando, suplicando


por teu sangue

que me corre às veias,


por teu beijo

que renasce o meu ser,


por teu amar
que enfim me resgata
do meu estado indigente.
Edgar Martins

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Versos e suspiros

Para Rachel da Silveira


Se, ao som dessa bossa,
não colho palavras
que um dia plantei,


diga-me então
com que versos,
senão estes,
te presentearei.


Recorro ao Sol,
Lua, mar e música,
mas nada além
do teu rosto
é poesia ao meu olhar.


Entrego-me agora
ao relento, desejando,
suspirando por um verso


que te toque a alma,
que te arranque o peito,
que te dilacere o teu amar.
Edgar Martins

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Extravasar


Cuspir tudo o que há de mal.
Explodir, estourar, fazer poemas.


Vomitar palavras, expor sentimentos,
trazer a alegria de volta à vida,
Desintegrar a monotonia.


Exterminar o desprazer,
aniquilar a infelicidade,
agir sem tomar cuidado,
viver um minuto sem respaldo.

Edgar Martins

domingo, 24 de fevereiro de 2008

A gaivota

à bela gaivota que bailava no ar


Sobrevoando o horizonte
Interveio o meu olhar
Passeava bela pelas ondas
Dançava sobre o verde mar.

A gaivota me veio de surpresa,
Planava com destreza
Tão leve e doce – forma pura
da Mãe Natureza.

Rainha dos céus,
Princesa alada,
Tão ansiosamente,
Esperarei você voltar.
Edgar Martins

Eu te imploro



Por todas as estrelas
que contêm este iluminado céu;


por todos os raios de sol
que irradiam tua beleza ao meu olhar;


por todas as gotas
que do orvalho refletem tua delicadeza;


por todas as flores
que embelezam os jardins dos meus amores;


por todos os versos
que da tua simplicidade surgiram à minha mente;


por todos os poemas
que nas madrugadas li pensando em você;


por todo este dilema
que declaro vivenciar na forma de um poema,


Ama-me apenas um terço
de tudo do que já amei.

Edgar Martins

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Memórias esquecidas


Levados pelo tempo,
nossos momentos
foram esquecidos


naufragados nas lágrimas
salgadas em que se esconde
a tristeza de amar em vão.


Levadas pela chuva,
nossas risadas
foram caladas,


tragadas por bocas
insensíveis em que se esconde
a decepção de viver em vão.


Arrastados pelo vento,
nossos beijos
foram aniquilados,


dilacerados por corações
definhados em que se esconde
a dor de quem vive para amar em vão.
Edgar Martins

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Versos


Minha inspiração
é o ascender do Sol,
o ciclo das marés,
o cair da noite, o beijo da Lua.


Meus versos são o vem e vai das ondas,
a dança das árvores sob a brisa,
o balançar de uma rede.


Meu poema é a minha forma de expressão,
a tradução de sentimentos,
o alívio da ansiedade e do sofrimento.


Minhas palavras são o meu passatempo...
enquanto passa o tempo,
e não consigo te esquecer.

Edgar Martins


quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Declaração por desespero


Declaro a ti, com tais palavras
que a seguir pronunciarei,
todo o meu desespero
que sinto desde que te reencontrei.


Todos aqueles momentos,
breves, porém tão verdadeiros,
marcaram minha memória,
mancharam meu viver.


Choro toda noite
por não mais ter a ti.
Queria viver novamente
toda a paixão que te entreguei.


Peço-te por favor,
não tente compreender
meu áspero desespero
de te querer e não te ter.


Palpitações levemente aceleradas,
pálpebras levemente fechadas.
O sono me arranca as palavras
que o coração quer tanto palpitar.


Aspiração, desejo, loucura;
sentimentos que imaginei
nessa vida jamais sentir,
porém por ti já os louvei.


Não garanto falar de amor,
mas de um desespero inesperado
que a mim foi designado
por este maldito coração.

Edgar Martins

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Escrevendo lágrimas


Ando derramando lágrimas.
Preciso escrevê-las,
transformá-las em verso,
sentir o universo
entrar em harmonia outra vez.


Preciso pensar, escrever.
Derramar as palavras
sobre uma folha de papel.


Preciso fazê-las chorarem,
para que despejem minhas tristezas,
permitir que os versos se encontrem
e façam um lindo poema de amor.


Edgar Martins

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Enfim a noite


Passo as noites
pensando no dia.
Choro às noites
revivendo agonias.


Vegeto em meu leito
preso às memórias
que me frustram,
me corrompem.


Onde mora a noite?
Não sou seu íntimo,
vivo-a sob luzes e,
apesar da claridade,
rendo-me à cegueira
da oca escuridão.


Revivo as cinzas,
mas delas não renasço.
Resumo-me a um espaço
triste, frio, opaco.


Questiono-me
qual o sabor da brisa
banhada pela Lua
da noite clara.


Ouço sua voz
chamando por mim.
O acender da luz
ilumina meus passos
sem rumo.


Quebram-se as correntes,
desforra-se a cama,
Abre-se a porta.


Enfim a noite:


o palco do luar,
onde escondem-se
as mais loucas cenas de amor.

Edgar Martins

Estréia

Bom, sejam bem vindos ao meu novo Blog. Aqui vocês irão encontrar textos, em sua maioria poemas, de minha autoria. Se quiserem divulgá-los para fins educacionais, estejam à vontade, contanto que os textos sejam identificados com minha autoria. Espero que gostem do meu trabalho e estou a ouvidos para toda e qualquer crítica que venha de alguém sério e que queira me ajudar a desenvolver uma evolução na minha poética.

Abraços,

Edgar Martins

Atenção!

Todos os textos são da autoria de Edgar Martins, cujos direitos de autoria são reservados.