Todo ano é assim: chega a estação do amor, na qual afloram-se as paixões. Preparo os meus bulbos com cuidado e planto as minhas palavras no papel.
É tudo muito bem feito, selecionado. Toda noite, na minha estufa, penso na vida e, com lágrimas, rego os meus versos que, aos poucos, vão tomando forma e rima.
No fim da temporada, com meus versos floridos e cheios de brilho, chega a época da colheita, e mais uma vez, nasce um lindo poema. Edgar Martins