domingo, 27 de abril de 2008

Versos em sangue


Os versos são o sangue derramado durante a luta travada entre a palavra e o poeta.


Edgar Martins

Não defina

Quem define o sentimento é porque não o sente na verdade.

Edgar Martins

sábado, 26 de abril de 2008

Injustiça


Os pássaros amanheceram calados,
de luto – morreu a dignidade - e
somente o silêncio cantará esta manhã.

Os pássaros estão cansados,
decidiram que desta vez não
irão mais travar esta luta imoral e vã.

Seus cantos já não falam tão alto
quanto os gritos arrancados
nas guerras que ocorrem de fato.

Seus olhos não trazem mais sorrisos,
visto que não há mais motivos de alegria.
Todas as notas que solfejavam foram embora,
e só nos resta a dolorosa e cruel nostalgia.
Edgar Martins

Batalhas




Diante das últimas batalhas
Nas quais
Desmoronou-se o meu alicerce -
O poema que escrevi para te derrotar-,

Perdi os sentidos,
Procurei aonde pisar,
Mas no chão só havia cacos
De palavras que me fizeste calar.
Edgar Martins

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Escuridão

Em nome de alguém...


Um mar de dúvidas
me afoga,
me encharca a alma.

Uma multidão de sentimentos
desnorteia meu pensar,
consume minha mente
que segue em busca dos teus olhos.

A claridade me falta agora.
Uma mente, onde não há mais
a inocência de outrora,
só a luz do teu sorriso
poderá vir iluminar.
Edgar Martins

terça-feira, 22 de abril de 2008

Teu jeito algoz

Para Bruna Cook, eternamente.


Inquieto-me a ouvir teus sons,
culmino a minha dor
de sentir calada a minha voz.

Tu me amordaças de um jeito só teu,
fascinante, algoz.

Deito-me ao sol para encontrar
a cura do meu silêncio,
ininterrupto e fulminante.

Tu, com teu jeito sutil e cruel,
me fazes agonizar
num perpétuo semblante
de quem tem algo pra cuspir,

desarmado porém,
por tal jeito vicioso
que me resume ao esforço
de permitir-me render
ao som de tua voz.
Edgar Martins

domingo, 13 de abril de 2008

Especial Edgar e Rafael

Obs.: Bom, nessa postagem vocês irão ler um dueto improvisado, feito por mim e um grande amigo, Rafael Nessin. Grande abraço, cara!



Viva a bossa,
a maestria da música
felicidade a nossa,
de poder ouví-la.


Apesar da nossa
nossa vida avulsa
ser tão difícil
afoguemos-na em música
pra que a vida não seja tão sussa
e seja fácil de se viver.


Mas que sempre haja uma tristeza
sempre havendo uma felicidade pequena
Pra que a vida tenha motivos pra se chorar
Mas sempre seguidos de risos sem par.


E que essa tristeza
seja motivo de alegrias
Pois é de alegrias que se vive a vida
e é da vida que se fazem as poesias.
Edgar Martins e Rafael Nessin

Atenção!

Todos os textos são da autoria de Edgar Martins, cujos direitos de autoria são reservados.