sexta-feira, 21 de março de 2008

Louca poesia

Obs.: uma coisa bem louca mesmo...


Olhos verdes como o mar,
pele clara como a neve.
Tu me vens assim, sorrindo,
despindo minha alma,
revelando os obscuros segredos,
despertando loucos desejos
jamais vivenciados por um corpo são.


E se tu vens assim,
levando contigo o meu coração,
vem p'ra mim e me devolve,
cola no meu corpo e me beija,
faz meu rubro coração bater junto a ti.
Edgar Martins

segunda-feira, 17 de março de 2008

Dias de sufoco - refeito

Obs.: um poema antigo que refiz pra por aqui.


Até quando, por ti devo esperar?
às vezes estou noutro planeta
e tua imagem vem como um cometa.


Até onde, pode o amor chegar?
Tuas palavras quebram o silêncio
e também um coração solitário.


Por quanto tempo poderei suportar?
As palavras engasgadas me sufocam,
porém a covardia me prende à mudez.


Por quanto tempo irei lembrar?
Os momentos foram tão intensos
que se tornaram inesquecíveis dentro de mim.


Até quando a insônia me consumirá?
Minhas memórias são alastradoras
devoram minha alma


enquanto não paro de pensar em ti.
Edgar Martins

segunda-feira, 10 de março de 2008

Choros sangrentos - especial



Para Isabela Neves









Confesso-te que sangue não posso oferecer,
pois em minhas veias corre o teu.


Às noites em claro, chorando tuas palavras,
solfejo o teu sangue que derramaste em meu nome,


Ouço as gotas de chuva quebrando o silêncio
que fora uma vez perpetuado por tua ausência.


Te peço que continue chorando o teu sangue,
escrevendo as minhas veias, pulsando o meu coração,


Pois tu sabes que os versos que choro são em teu nome,
assim como tuas doces palavras pertencem a mim.
Edgar Martins

Reforma



Estou transitando
do incerto para o duvidoso,
do claro para o paradoxal,
refazendo meu pensar,
deixando este meu jeito boçal.


O renascer começou,
uma nova alma ascende
de uma imensidão de palavras
que pelo chão se estende.


A noite me ilumina,
traz novas formas
que brotam em mim.


Uma revolução se instala
em meu tórax fragilizado,
carregando consigo
o espírito fértil


que faz nascer em meu peito
as novas palavras
que constituirão o meu ser.
Edgar Martins

quinta-feira, 6 de março de 2008

Stopped

Sem escrever por alguns dias,
reforma conceitual.



Obrigado pela atenção.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Doçuras ou travessuras


Doçuras ou travessuras?
Batíamos nas portas,
corríamos ruas afora
buscando um riso frouxo.


Mas que doçura éramos nós,
inocentes crianças correndo,
sorrindo, eufóricos,
loucos por doces, diversão.


Como era bom, fascinante,
o doce nas mãos de uma criança,
tanto quanto é a paixão

no coração de um homem.
Edgar Martins

segunda-feira, 3 de março de 2008

Chuvas de Fevereiro


Ó, Lua, por que choras?
Tu, que hoje derramaste
tantas lágrimas infiéis,
arrasaste vidas honestas,
despedaçaste almas tão inermes.


Céus, mas por que tanta raiva?
O fogo nos teus olhos
é a lágrima nos olhos dos coitados
que, agora, desprovidos de abrigo,
choram, ao relento,
a agonizante dor da perda.


Mundo, por que és assim, tão injusto?
Sinto o bater aflito
dos diversos corações,
desnorteados, abandonados
pela esperança e fé.


Sob lágrimas de Fevereiro,
vidas são arrancadas
num clarão de um relâmpago,
tetos que desabam sobre
cabeças inocentes.


Céus, piedade de nós todos.
Fecha-te os olhos vermelhos,
impiedosos e desumanos,


mas talvez não tão desumanos,
tendo em vista que foi o próprio homem
quem cavou sua cova.
Edgar Martins

Meu velho amigo


Amigo, meu querido amigo.
Como prega peças essa vida.


Num dia estamos sorridentes,
no outro, estamos tristes.


Amigo, meu velho amigo.
Não chore se a vida não te foi fiel.
Logo a vida te retribuirá
e enviar-te-á um presente dos céus.


Meu querido e velho amigo,
Peço-te que acalme teu triste coração.
Se a vida lhe falhou, não chore,
não se desespere.


Apenas espere
por um momento de glória.
Edgar Martins

Atenção!

Todos os textos são da autoria de Edgar Martins, cujos direitos de autoria são reservados.